Receita de pai suficientemente bom

Receita de pai suficientemente bom
Por Eliane Goldstein e Daniela Goldstein Didio

Não se nasce pai, torna-se pai. A natureza nos apresenta uma incompletude, mas oferece os ingredientes permitindo que sigamos em eterna construção. Vale lembrar que a construção de um pai tem início ao longo das gerações, com todos os que o antecederam.

Eis a receita:

1. Antes de tudo, para ter um filho, o ideal é amar e  fazer-se amar, em seu mais amplo sentido, pela futura mamãe. O amor é ingrediente essencial.
2. Fato consumado, durante a gravidez, alimente sua amada com muito carinho e afeto, sem esquecer-se de satisfazer seus desejos, quando ela acordar às 3h da manhã, precisando urgentemente de um sorvete de cupuaçu. Nesse período, aguente firme suas oscilações de humor. Essa dose de paciência lhe vai ser útil, quando seu filho acordar chorando durante a madrugada com alguma necessidade que, muito provavelmente, você não entenderá qual é.
3. Mais adiante, com a tão esperada chegada do bebê, aguente firme ao ser deixado de lado por alguns bons meses. É difícil, mas o importante é aceitar que esta batalha já está ganha: seu lugar está assegurado  mas, temporariamente, você não é o principal.
4. Pouco mais a frente, cabe a você a tarefa de tirar seu filho dos braços da mãe e mostrar que o mundo não é apenas o seu colinho: há uma série de outras coisas super interessantes!
5. Por fim, acrescente doses de broncas e limites, ensinamentos, experiências, além de muito carinho, companheirismo e cumplicidade. E principalmente: doe seu tempo, ele é ingrediente fundamental que lhe tornará quase eterno, pois constituirá seu filho, como pai, avô e quem sabe, bisavô.
6. Agora, a cereja do bolo para finalizar: procure ser um exemplo de ser humano para seu filho, com erros e acertos, como todos. E divirta-se! Você será imensuravelmente recompensado.

Todo nosso carinho e gratidão a todos os pais, que são os melhores pais que podem ser.

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