Repercussões do CURSO DE VERÃO -A escuta do traumático a partir de relatos de sobreviventes do holocausto
Em janeiro realizamos o curso breve “A escuta do traumático a partir de relatos de sobreviventes do holocausto” coordenado por Ivanosca Martini. Foi um momento de grande debate que segue gerando repercussões, como este texto produzido por Paulo Soroka:
HOLOCAUSTO
O Holocausto, este terror da humanidade, é um trauma sem igual.
Indizivel.
Inominavel.
Um manto escuro de horror, cujas marcas são indeléveis.
São as marcas da dor.
Porque o traumático é atemporal.
A lembranca torturante atravessa o entrelaçar dos tempos.
Lembrar o passado é fazê-lo viver.
Para não esquecer.
Como encontrar palavras para descrever o irrepresentável?
Como descrever uma dor indescritivel?
Como apaziguar uma tristeza infinita?
Vidas ceifadas.
Famílias dizimadas.
Histórias devastadas.
A monstruosa desumanidade afronta a humanidade.
E banaliza a maldade.
Mas o pensamento, na contramão do esquecimento, denuncia o contra-senso.
Existe imunidade contra a maldade?
É possivel evitar a irrupção da barbárie?
Um caminho é o de inscrever a história no suceder das gerações.
E perceber o gerne das repetições.
Estar atento às ações e às omissões.
Há que aprender as lições.
Lembrar a história .
Contar a história.
Para que o homem,
tão iludido pelo próprio enaltecer, jamais esqueça do que o homem é capaz
de fazer.