ITIPOA em Turim
Profissionais de 18 países trouxeram suas experiências e debateram sobre a observação de bebes no Séc.XXI. Um olhar sobre as transformações sociais, tecnológicas e multiculturais. Uma sustentação a multiprofissionalidade.
Do Brasil, 10 participantes levaram suas produções, sete do Rio Grande do Sul sendo três do ITIPOA, cada uma apresentando um trabalho, a partir de uma aplicação do método proposto por Bick, trabalho realizado na enfermaria de Alto Risco Obstétrico do HNSC. Os três trabalhos foram amplamente debatidos e elogiados pela qualidade do olhar da observadora e do grupo de supervisão em sustentar situações de vivências traumáticas, presentes nos casos apresentados.
A pertinência da observação de bebes foi destacada, ainda, por diversos analistas, entre eles Règine Prat, psicanalista francesa, destacando em sua comunicação “que os aspectos mais arcaicos não são simbolizáveis, logo não podem ser acessados por nosso instrumento clássico, a interpretação”. “Temos que constituir – diz ela – um novo modelo de psicoterapia, cujo instrumento fundamental é a observação”.
Através do relato de Rosella Sandri, Brain Feldman, Tripatti, Nydia Pieczanski, acompanhamos suas ricas experiências, como a observação de bebês no Senegal, na China, na Índia, no Vietnam, assim como de outras tantas populações em situação de risco.
Ao final, foi unânime, entre os participantes, a atualidade desta prática, voltada tanto para o atendimento de pacientes em que a primazia da comunicação não é pela palavra, quanto para, através de aplicações do método, atuar em maternidade, UTIN, berçário, escola, creches, asilos etc…
No ITIPOA, a observação de bebes é oferecida como mais uma pratica voltada para a formação da pessoa do observador. Vivência ímpar, cujo aspecto modificador é a experiência de estar nesta posição.
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