ferenzciCoordenação: Priscila Lapinscki Silva – Especialista em Psicoterapia Psicanalítica de Adultos pelo ITIPOA; aluna da Formação em Teoria e Técnica de Intervenção na Relação Pais-Bebê do ITIPOA.

Objetivos: Conhecer um pouco da história e importância de Sándor Ferenczi no movimento psicanalítico. Assim como, estudar textos de sua obra que nos possibilitem compreender a construção de suas contribuições inovadoras, tanto técnicas como teóricas.

Público alvo: Profissionais e estudantes interessados no autor e sua obra.

Duração: 16 encontros

Datas e horários: Terças-feiras das 13h45 até 15h.

Março: 17, 24, 31

Abril: 07,14,21, 28

Maio: 05,12,19, 26

Junho: 02, 09, 16, 23 e 30.

 

Carga horária: 20 horas

Investimento mensal:
Estudantes: R$ 100
Membros do ITIPOA: R$ 120
Profissionais: R$ 140

Sándor Ferenczi, amigo íntimo e colaborador de Freud, precursor incontestável da psicanálise foi, por muitas décadas, esquecido pelo movimento psicanalítico. Hoje, conseguimos entender alguns porquês e, um deles, certamente foi o fato de suas ideias estarem a frente de seu tempo e, por isso, não encontravam interlocutores que pudessem recebê-las e, menos ainda, encarregar-se delas. Ferenczi foi o primeiro a falar do conceito de introjeção, criou o conceito de “identificação com agressor”, retomou a teoria da sedução para criar uma teoria do trauma, foi pioneiro em afirmar estágios pré ou não edípicos. Era um clínico apaixonado pela prática analítica e, a partir disso, propôs uma mudança de paradigma teórico e criou um novo estilo clínico pautado pelo “tato psicológico” e pelo “sentir com”. Tudo isso, através de uma clínica de pacientes entendidos como não analisáveis. Ferenczi tinha o que os biógrafos da psicanálise chamaram de “furor curandis”, pois queria “curar” os pacientes de seu sofrimento e, para isso, propôs uma elasticidade da técnica e inovações teóricas.

Frase do Freud vol XXII p. 225: “Sabíamos que um só problema vinha monopolizando seu interesse. Nele, a necessidade de curar e de ajudar havia-se tornado soberana. Provavelmente, ele se havia proposto objetivos que, mediante nossos meios terapêuticos, estão, atualmente, totalmente fora do nosso alcance. De fontes inesgotáveis de emoção, brotava nele a convicção de que se podia efetuar muito mais com os pacientes se lhes desse todo aquele amor que desejavam profundamente quando crianças. Ele queria descobrir o modo como isto podia ser realizado dentro do quadro referencial da situação psicanalítica. […] É impossível imaginar que a história da nossa ciência algum dia venha a esquecê-lo”